MK 2.0 - Democracia Digital no Monte Kapta
É um projeto de capacitação cívica e digital que visa criar um espaço e filosofia de aquisição e troca de conhecimentos e ferramentas de livre acesso e ao serviço da comunidade. Com a aceleração digital do estado e da sociedade em geral, existe um sério risco de bolsas populacionais em territórios tradicionalmente considerados mais vulneráveis, onde a exclusão socioeconómica prevalece, virem-se a fragilizar ainda mais. Daí ser da maior importância e urgência que sejam criados mecanismos de proximidade e capacitação cívica e digital em territórios como estes do Monte da Caparica. E quem melhor para liderar essa transformação positiva do que as pessoas que residem, trabalham com e para essas mesmas comunidades. Seguindo uma lógica em crescente de sensibilização, partilha, capacitação e transformação, o MK 2.0 tem como foco chegar à comunidade e dotá-la das aspirações e ferramentas necessárias para que ela mesma seja o catalisador da sua mudança positiva.
Objetivo geral e justificação
O MK 2.0 - Democracia Digital no Monte Kapta pretende promover a inclusão social e digital, responder às necessidades documentais e de regularização de imigrantes, dotar a população local de conhecimento cívico e estimular hábitos de vivência comunitária saudáveis. Está em linha com os pilares da Estratégia para a Inovação e Modernização do Estado e da Administração Pública 2020/2023. Conta com o envolvimento de “Key users”, já referenciados como facilitadores digitais comunitários. Pretende-se criar um Centro Cívico Digital (CCD), onde a aquisição e partilha de conhecimento e as ferramentas digitais estejam acessíveis à comunidade, em especial aos mais vulneráveis. Promoverá o investimento na aprendizagem ao longo da vida, para dotar os habitantes de competências mais apropriadas ao padrão produtivo. Pretende-se estimular/apoiar o Net-ativismo e ações colaborativas em redes sociais digitais e alinhar as instituições sociais locais com o contexto de aceleração da transição digital.
Objetivo específico 1 e justificação
Criar um Centro Cívico Digital. A pandemia de Covi-19 veio acelerar a Transição Digital do Estado, obrigando a população a acompanhar a mudança. Movido pelo sonho da democracia digital, o MK 2.0 nasceu da urgência de intervir no crescente fenómeno de Digital Divide, fosso entre os que têm e os que não têm capacidade de tirar benefícios da internet . Tendo em mente que o território tem algumas bolsas de pobreza, implementar um Centro Cívico Digital permite a ampliação dos serviços universais para a cidadania através de portais eletrónicos governamentais (e-gov) e outros, com atendimentos de proximidade, envolvendo a tutoria por parte de facilitadores digitais locais. No apoio à Integração e à Cidadania, o CCD contribuirá localmente para a resolução de questões de âmbito documental e social, como por exemplo, regularização de permanência em território nacional, agendamentos online ou obtenção de isenção na taxa moderadora, envolvendo os destinatários numa lógica de "aprender fazendo".
Objetivo específico 2 e justificação
Promoção do investimento na aprendizagem ao longo da vida. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são peças-chave na capacidade de desenvolvimento da Humanidade. A promoção da democratização do acesso à internet e da acessibilidade digital, com a aposta em ferramentas gratuitas (open-source) é fundamental num mundo cada vez mais digital. Num território com várias vulnerabilidades, parte significativa da comunidade não tem os conhecimentos nem meios próprios para desenvolver competências digitais. O Centro Cívico Digital possibilita não só o acesso à internet por parte da população local, mas também a aquisição de competências mais adequadas às exigências do padrão produtivo atual. Assim sendo, pretendemos desenvolver, no CCD, workshops para introdução das TICs, como fazer um CV via Europass, como aceder e utilizar a Segurança Social Direta, o e-Balcão, o Portal do SEF e as demais plataformas institucionais.
Objetivo específico 3 e justificação
Estimular/Apoiar o Net-ativismo e ações colaborativas em redes sociais digitais. O Ser Humano é um animal social, cuja vivência em família, comunidade e sociedade garante a aquisição de conhecimento, desde o momento em que nasce até à sua morte. A aposta no conhecimento, no diálogo comunitário, que fomente o relacionamento interpessoal, o mapeamento de potencialidades da comunidade e o estímulo do potencial local para a criação artística e cultural tem como ambição a dinamização da comunidade. O resultado será uma melhor integração da comunidade na sociedade. Consideramos que, estimular e apoiar o Net-ativismo e as ações colaborativas em redes sociais digitais, permite melhorar a participação cívica da comunidade, a partilha cultural fortalece os laços de solidariedade, permitindo que a própria comunidade construa em conjunto a melhoria da sua condição socioeconómica.
Objetivo específico 4 e justificação
Alinhar as instituições com o contexto de aceleração da transição digital é um imperativo das instituições sociais locais, face às circunstâncias do atual momento de pandemia de Covid-19. O MK 2.0 almeja promover uma boa presença online das instituições sociais deste projeto, de modo a melhorar a sua comunicação com a comunidade e as instituições públicas. Nesse sentido, estabeleceu-se que a criação e dinamização dos sites do CSPCR e do Cretcheu, a par da presença nas redes sociais, constituem a melhor forma de alargar o seu âmbito de ação comunitária. Visa-se a produção de conteúdos multimédia que sirvam de material informativo à comunidade, tais como apresentações, vídeos, PDFs, brochuras e fotos. Para além do repositório de memória audiovisual do trabalho realizado, este material será usado para as sessões de esclarecimento, para um canal de Youtube do CSP Cristo Rei e publicações nas redes sociais.
Parceria local
Promotora
Centro Social Paroquial de Cristo Rei
Parceira
Grupo de Jovens da Paróquia de S. Francisco Xavier
Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria
Cretcheu, Associação Cabo-Verdiana de Almada
Cretcheu, Associação Cabo-Verdiana de Almada
Mk
Adosinda Brito
Associação Padre Amadeu Pinto, SJ
União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas
Território(s) de intervenção
1. Monte da Caparica: Bairro Branco, Urbanização N.ª Sr.ª da Conceição (ex-Asilo 28 Maio) e áreas circundantes (União das Freguesias de Caparica e Trafaria)
Caparica e Trafaria, Almada
Critério 1. Condições de habitabilidade deficientes ou precárias, nomeadamente:
Mau estado das habitações, por deficiente construção, falta de manutenção ou por estarem situadas em territórios afetados por incêndios nos últimos cinco anos
Critério 2. Número significativo de moradores com rendimentos baixos ou muito baixos, nomeadamente:
Pessoas em situação de desemprego, lay-off ou precariedade laboral
Pessoas com poucos anos de escolaridade
Pessoas abrangidas por prestações e apoios do subsistema público da ação social
Pessoas indocumentadas, requerentes de asilo, refugiados, apátridas ou em condições semelhantes
Critério 3. COVID-19
Número significativo de pessoas de risco em caso de COVID-19, nomeadamente idosos e portadores de doenças crónicas
Critério 4. Número significativo de pessoas com constrangimentos de acesso a cuidados de saúde, nomeadamente por:
Falta de documentação ou barreira linguística
Falta de capacidade económica para aquisição de medicamentos
Critério 6. Número significativo de crianças e jovens em idade escolar a não frequentar a escola ou com elevada percentagem de insucesso, nomeadamente por:
Abandono escolar
Falta de condições para aceder ao ensino a distância
Critério 7. Exclusão social
Número significativo de pessoas em situação de exclusão social, isolamento ou abandono, nomeadamente idosos, pessoas em situação de sem abrigo ou vítimas de tráfico
2. Bairro Cor de Rosa (União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas)
Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, Almada
Critério 1. Condições de habitabilidade deficientes ou precárias, nomeadamente:
Mau estado das habitações, por deficiente construção, falta de manutenção ou por estarem situadas em territórios afetados por incêndios nos últimos cinco anos
Critério 2. Número significativo de moradores com rendimentos baixos ou muito baixos, nomeadamente:
Pessoas em situação de desemprego, lay-off ou precariedade laboral
Pessoas com poucos anos de escolaridade
Pessoas abrangidas por prestações e apoios do subsistema público da ação social
Pessoas indocumentadas, requerentes de asilo, refugiados, apátridas ou em condições semelhantes
Critério 3. COVID-19
Número significativo de pessoas de risco em caso de COVID-19, nomeadamente idosos e portadores de doenças crónicas
Critério 4. Número significativo de pessoas com constrangimentos de acesso a cuidados de saúde, nomeadamente por:
Falta de documentação ou barreira linguística
Falta de capacidade económica para aquisição de medicamentos
Critério 6. Número significativo de crianças e jovens em idade escolar a não frequentar a escola ou com elevada percentagem de insucesso, nomeadamente por:
Abandono escolar
Falta de condições para aceder ao ensino a distância
Critério 7. Exclusão social
Número significativo de pessoas em situação de exclusão social, isolamento ou abandono, nomeadamente idosos, pessoas em situação de sem abrigo ou vítimas de tráfico
Atividades
1. Criação do Centro Cívico Digital
O Centro Cívico Digital (CCD) será o centro operacional do projeto MK 2.0. Esta estrutura visa promover o desenvolvimento de um ecossistema de educação, quer a nível digital quer a nível cívico; ser um espaço de partilha e disseminação de boas práticas; ser um lugar onde se reforce as competências e aptidões de membros afetos à equipa e à comunidade; e ser um motor de coesão social e cidadania ativa a nível local.
Destinatários preferenciais
Migrantes, Toda a comunidade
2. Serviço de Apoio à Integração e à Cidadania
Uma parte considerável da comunidade do nosso território tem necessidades urgentes a nível social. Necessidades essas que ao não serem respondidas levam ao trilho de exclusão social e inacessibilidade a serviços. Dado este fosso e ao risco real do seu aumento, devido à aceleração da transição digital potencializada pela pandemia, propomos, em direta colaboração com técnicos do projeto Gabinete de Apoio à Inclusão Social do CRETCHEU, a criação de um serviço que vise identificar e responder às necessidades de inclusão social da comunidade local, proporcionado relação online com várias entidades.
Destinatários preferenciais
Migrantes, Toda a comunidade
3. Capacitação Cívica Digital da Comunidade
Pretendemos que o CCD seja um espaço onde a aquisição e partilha de conhecimento e ferramentas esteja ao alcance da comunidade. Partindo de um enquadramento teórico, a utilização proficiente das ferramentas digitais por parte da comunidade é conseguida através da proximidade dos facilitadores. Assim sendo, pretendemos criar workshops/sessões de esclarecimento para introdução de TICs, sobre como fazer um CV via Europass, sobre regularização de imigrantes, obtenção de Cidadania Portuguesa, Segurança Social Directa, e-Balcão, Portal do SEF, Portal da Saúde e as demais instituições públicas.
Destinatários preferenciais
Migrantes, Toda a comunidade
4. Capacitação da Equipa
Para conseguirmos alcançar uma mudança positiva duradoura que alcance diferentes franjas sociais, é imperativo 1) a participação da própria comunidade na equipa do MK 2.0 e 2) dotar todos os seus membros de know-how necessário para que toda ela seja um veículo de transmissão de conhecimento para a comunidade. Por isso, desenhamos uma equipa formada por duas pessoas do CSPCR, duas do CRETCHEU e, pelo menos, por quatro facilitadores comunitários - moradores que já se destacam na comunidade como agentes de cidadania ativa.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade
5. Sites do CSP Cristo Rei e do Cretcheu
Pretendemos criar dois websites de qualidade e segurança, um para o CSP Cristo Rei e outro para o CRETCHEU. Hoje, em contexto de aceleração da transição digital, é fundamental cada entidade ter o seu próprio website para conseguir alcançar mais e melhor a comunidade, outros coletivos e instituições. Para além de solidificar a imagem de legitimidade e profissionalismo das entidades, uma boa presença online tem o potencial de melhorar a comunicação do impacto social do trabalho realizado.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade
6. Criação de conteúdos multimédia
Pretendemos criar conteúdos multimédia (apresentações, vídeos, PDFs, brochuras, fotos, etc) que sirvam de material informativo e memória audiovisual do trabalho realizado. Este material será usado para as sessões de esclarecimento, para um canal de youtube do CSP Cristo Rei, publicações nas redes sociais, conteúdo para os sites, material informativo para a comunidade, etc.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade
7. Avaliação de impacto
Pretende-se a elaborar o desenho e concretização de plano de avaliação, centrado na verificação da performance do projeto através de um modelo assente na Teoria da Mudança e de um enfoque em questões de eficácia, sustentabilidade e potenciais impactos, sem esquecer a importância crucial da avaliação dos processos .Existirá equilíbrio entre indicadores de natureza qualitativa, que representam perceções de grupos e/ou pessoas, e indicadores mais quantitativos, que obrigam a considerar diferentes instrumentos de recolha de informação.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade