N. 472/2020

Tipo de projeto e valor máximo de financiamento

Projeto integrado (máximo 50.000 Euros)

Eixos de intervenção em que se enquadra o projeto

Financiamento

Valor solicitado

50.000,00 €

Valor de outros financiamentos

2.500,00 €

Valor total

52.500,00 €
Mapa de localização da candidatura


Mapa das candidaturas financiadas


Registos

Palácio da Imaginação

O Palácio da Imaginação (PI) será um espaço público multifuncional e inter-geracional resultante da co-criação comunitária no Bairro da Emboladoura. Assim, os moradores, negligenciados durante décadas por instituições oficiais responsáveis, poderão potenciar a vida em comum, cultivando o seu sentido de pertença. Ao questionar o que é um Palácio, não como Objeto, mas como Processo infinito, mantendo o seu caráter extraordinário, pretende-se tornar a vulnerabilidade sócio-espacial, no seu movimento transformador: para que cada “ser” e “todos” possam ampliar o imaginário, e assim transpor as opressões externas e auto-impostas. A metodologia aplica 4 verbos-ações que concretizam os objetivos do PI: interdialogar(o espaço entre o “eu” e o “outro”); habitar (o meu bairro, o brincar, o estudo, a comida, a saúde, o tecido); recriar(o estudo, a parede, o chão, o teto, o diálogo), ativar(a prevenção universal, o bem-estar, a troca, o ambiente,o céu), concretizados na inter-ação do “sou” no “nós”

Objetivos

Objetivo geral e justificação

Responder às necessidades identificadas pelos moradores e instituições no bairro no diagnóstico preliminar, colmatando a ausência de espaços públicos coletivos, nomeadamente cobertos que possam abrigar os diferentes grupos e albergar atividades diversas promotoras de vidas mais saudáveis, através da co-construção do Palácio da Imaginação, enquanto espaço comunitário multifuncional. Os 4 verbos-ações trabalham o bairro como comunidade assente nas pessoas e no modo como constroem a sua identidade, para criar uma comunidade mais saudável, mais resiliente e de vida plena. O projeto foca-se nos critérios 2a, 2c, 3 e 6 mobilizando recursos endógenos da comunidade e recrutando pessoas da comunidade para a realização de trabalhos, por exemplo de construção; favorece a economia local adquirindo materiais nas empresas sediadas no território. Esta proposta pretende também dar mais condições para a partilha entre gerações e a valorização de saberes locais.

Objetivo específico 1 e justificação

Estimular o diálogo: entre os vários agentes do bairro (Associação de Moradores (AM), Junta de Freguesia (JF), Fraterna e Paróquia); entre estes e a população; e os habitantes do bairro. Pretende-se identificar e valorizar: saberes do fazer existentes na população, por exemplo carpintaria, tecelagem, bordados, etc.; sinergias e apoios mútuos, mas também tensões e divisões sociais, nomeadamente na territorialização de determinados espaços por determinados grupos sociais. O pré-diagnóstico identificou 43,4% da população de Gondar com 1º ciclo ou analfabetos (censos 2011 e PDSI de Guimarães 2015- 2020); A Junta de Freguesia em 2020 atendeu e encaminhou cerca de 100 pessoas para as mais diversas áreas, segurança social (complementos de reformas, RSI, subsídios de desemprego e subsídios sociais de desemprego, entre outras), CMG (apoio pontual, cartão ABEM), Fraterna (Cabaz alimentar). 11 Crianças (em 28), não tinham computador nem internet, para aceder ao ensino à distância.

Objetivo específico 2 e justificação

Reconhecer as relações entre os critérios de elegibilidade selecionados e aprofundar os dados do pré-diagnóstico, tornando visível o invisível com dados estatísticos e também com diversos meios de representação e espacialização; discutindo com os moradores a partir de metodologias de espacialização que projetem o modo como o espaço comunitário deverá servir a população. Será trabalhado o reconhecimento do bairro, promovendo a representação com a população através de oficinas sócio-espaciais concretizadas na Atividade 2, dando resposta aos critérios 2a, 2c e 6a, 6b. Com o apoio técnico do Laboratório de Paisagens, Património e Território/ Escola da Arquitetura Universidade do Minho (Lab2PT/EAUM).

Objetivo específico 3 e justificação

Refazer as condições espaciais do bairro através de um processo co-criativo e co-construtivo das estruturas físicas que constituem o PI para dar resposta às necessidades comunitárias identificadas no pré-diagnóstico e nas atividades 1 e 2. Os dados preliminares recolhidos com parceiros, inquéritos a crianças e adultos e reuniões com AM e JF, esclarecem a necessidade de um espaço polivalente coberto que possa ser usado em qualquer estação do ano, e por qualquer grupo etário. Serão convidados e mobilizados, para a execução, os recursos físicos e mão de obra da comunidade. As atividades 3 a 7 serão realizadas preferencialmente através da reciclagem de materiais desperdiçados, nomeadamente vindos de demolições de edifícios. Pretende-se sensibilizar para a sustentabilidade ambiental através do ato criativo de fazer com aquilo que foi descartado ao dar-lhe uma nova vida. Este objetivo é materializado nas Atividades 3 a 7 e dá resposta aos critérios 2a, 2c, 6. Com o apoio técnico Lab2PT/EAUM.

Objetivo específico 4 e justificação

Integrar os habitantes do bairro na estrutura espacial do PI, consolidando a sua apropriação diversa e sentido de pertença tanto individual quanto coletiva. Pretende-se estruturar com as atividades deste objetivo, ações que potenciem a partilha desta estrutura entre todos, trabalhando a dissolução de tensões sociais identificadas e reforçando simultaneamente o empoderamento da comunidade e do seu bairro. Parte das intervenções passa pela valorização do capital social e humano, necessário para a partilha do espaço coletivo. Este objetivo é materializado nas Atividades 8 a 17, dando resposta aos critérios 2a, 2c, 3, 6a, 6b.

Objetivo específico 5 e justificação

Divulgar, com periodicidade regular, o processo do projecto a partir dos sites da entidade promotora e dos parceiros, para além das redes sociais que serão criadas especificamente para esse efeito. Os diferentes parceiros assumirão a responsabilidade de contribuir para a estratégia de comunicação definida. O Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Guimarães terá um papel relevante neste domínio. No final do projeto será construída uma exposição com o processo e resultados alcançados. Este objetivo será concretizado através da Atividade 18. “Ativar o céu”, dando resposta aos critérios 2, 3 e 6.

Parceria local

Promotora

Fraterna - Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social

Parceira

ProChild CoLab Against Poverty and Social Exclusion – Association
Junta de Freguesia de Gondar
USF PEVIDÉM
Universidade do Minho
Camara Municipal de Guimarães
Associação de Moradores da Emboladoura

Território(s) de intervenção

1. O Bairro da Emboladoura, sito na Urbanização da Emboladoura, foi construído em 1980 pelo IGAPHE (atual IHRU) e está identificado com o nº 1135. Trata-se de um conjunto habitacional constituído por 231 frações habitacionais e 18 frações não habitacionais.

Gondar, Guimarães
Critério 2. Número significativo de moradores com rendimentos baixos ou muito baixos, nomeadamente:
Pessoas em situação de desemprego, lay-off ou precariedade laboral
Pessoas abrangidas por prestações e apoios do subsistema público da ação social
Critério 3. COVID-19
Número significativo de pessoas de risco em caso de COVID-19, nomeadamente idosos e portadores de doenças crónicas
Critério 6. Número significativo de crianças e jovens em idade escolar a não frequentar a escola ou com elevada percentagem de insucesso, nomeadamente por:
Abandono escolar
Falta de condições para aceder ao ensino a distância

Atividades

1. INTERDIALOGAR o espaço entre o “eu” e o “outro”, para estimular visões presentes e futuras para o bairro: desejos e anseios, o que fazemos, como e onde, que espaços precisamos para ser e fazer o que desejamos.

Estimular o diálogo, usando a matéria verbal e outros meios ativadores da criatividade (papel, lápis, cartão, madeira, etc.) do sentir e do pensar. Serão realizadas 2 ações: Ação 1 - Brainstorming coletivo em torno da mesa; Ação 2 - “O meu bairro é o meu planeta”, diálogo em torno de uma manta (de relatos) se possível no espaço exterior, com materiais recolhidos no bairro. Realização das ações com: as instituições do bairro; as crianças; as crianças e a sua família próxima; grupo intergeracional.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

2. HABITAR O MEU BAIRRO, discutir o projeto e espaço comunitário a partir de ações sócio-espaciais que aprofundam os dados obtidos na fase anterior, mobilizando a representação visual, concretizadas na Atividade 2, dando resposta aos critérios 2a, 2c e 6a.

Ações sócio-espaciais com a população visibilizando lógicas de apropriação e vivência no espaço que não são observáveis. 1- Caminhar pelo bairro; 2 – Cartografia imaginada da memória, recuperando as vivências que se expandem para além do bairro. 3- o que faço e não faço para cuidar do ambiente;4 -Representar as relações sócio-espaciais do bairro. 5- Mapear e projetar espaço comunitário. As ações integram crianças e adultos e serão registadas visualmente pela equipa e divulgadas nos diferentes momentos e dispositivos definidos para o efeito.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

3. RECRIAR O ESTUDO,Co-fazer uma “box” para criar condições para o ensino à distância, reuniões, atividades para trabalhar as necessidades educativas especiais – RTP, e criação de condições de apropriação do espaço pelos diferentes agentes do território.

Para o projeto e a execução da “box” sempre que possível a população adulta da comunidade, abrangida por prestações, desempregada e/ou com trabalhos precários, deverá envolver-se nesta construção. Aqui está também contemplada a compra de equipamento informático para permitir o ensino à distância, com as necessárias etiquetas respiratórias asseguradas aos seus participantes. A idealização da box será desenhada com as crianças e jovens e o espaço e equipamento serão mobilizados para as diferentes atividades agregadas ao Palácio (dinamizada por Lab2PT/EAUM).
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos), Adultos (25 a 64 anos)

4. RECRIAR A PAREDE, Co-fazer uma parede que seja um dispositivo de comunicação da comunidade e dos seus agentes

Realização de uma parede, no espaço público, que representará o primeiro ato para a execução do PI. Esta parede será habitada pelos moradores onde poderão colocar mensagens individuais e coletivas, e anunciadas as várias atividades do PI. Este mecanismo é particularmente relevante nesta situação de Covid 19. Esta parede é um elemento catalisador físico do PI: onde todos podem falar e imaginar cenários futuros (im)previsíveis.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

5. RECRIAR O CHÃO, Co-fazer o chão múltiplo do Palácio da Imaginação.

Construção,com integração da população identificada no critério 2,e exploração dos planos horizontais através de necessidades identificadas nas atividades1 e 2, diferentes materialidades e múltiplas formas:Palco para poesia, música e teatro,etc.; Espaço público para atividade física (em 70,5% dos inquéritos do diagnóstico); Terra onde sujamos as mãos e criamos vida; chão de jogos de rua (incluindo as necessidades educativas especiais); Bancada de cozinha (em 54% dos inquéritos do diagnóstico); superfícies onde nos podemos sentar, deitar, ou estar de pernas para o ar(dinamizada por Lab2PT/EAUM)
Destinatários preferenciais
Adultos (25 a 64 anos)

6. RECRIAR O TETO, Co-fazer o teto, dando tridimensionalidade ao Palácio da Imaginação.

O teto que nos protege da chuva e do sol nos dias quentes de verão, mas que nos permeia o afeto das estações do ano e integra desempregados da comunidade. Proteção na integração com a natureza. O teto e os elementos verticais que o suportam, ou delimitam, terão materialidades múltiplas, madeira, ferro, tecido, etc. E assim se faz o Palácio da Imaginação, feito de espaços polivalentes que permitam responder às múltiplas necessidades identificadas no pré-diagnóstico realizado e sublinham a mais gritante, em 70,4% dos inquéritos, "um espaço de lazer/convívio abrigado da chuva/ sol" (Lab2PT/EAUM).
Destinatários preferenciais
Adultos (25 a 64 anos)

7. RECRIAR O DIÁLOGO, Estimular o sentido de pertença da comunidade em relação ao Palácio da Imaginação ao provocar o seu propósito: ser o lugar dos desígnios coletivos identificados.

Esta atividade pretende criar momentos de coesão e partilha, através de uma celebração comunitária, com os habitantes do território, potenciando o diálogo sobre modos de apropriação dos espaços construídos, estimulando as relações intergeracionais e criando uma nova dinâmica de trabalho e relação colaborativa entre os moradores; e entre os moradores e as associações existentes no bairro, numa lógica de apropriação comum do espaço público.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

8. HABITAR O BRINCAR, Promover competências facilitadoras do sucesso escolar e uma maior aproximação do processo de aprendizagem aos valores culturais, sociais, saberes e interesses dos alunos, através da construção de brinquedos com materiais desperdiçados.

Esta oficina de construção de brinquedos, dinamizada pelo Prochild Colab, pretende contribuir para o desenvolvimento de competências facilitadoras do sucesso escolar (concentração, autonomia, resiliência, autoconfiança e organização),presente no processo de construção, aumentando o interesse das crianças pelo processo de aprendizagem. Pretende sensibilizar, também, as crianças para a importância de reutilizar materiais desperdiçados no processo de economia circular,desde a origem dos materiais até à reutilização na construção do PI. Os materiais chegarão das demolições da Fornecedora Outeiro.
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos)

9. HABITAR O ESTUDO, dinamizar um espaço partilhado de estudo, estudo acompanhado, planos de estudo individualizado e programa de desenvolvimento de competências de estudo à distância com formadora TIC - Tecnologias de informação e comunicação, Fraterna.

A box construída na Atividade 3 responde regularmente às necessidades de acompanhamento educativo em regime presencial e à distância, sinalizada por 58% dos participantes no pré-diagnóstico, prevendo atividades formais e não formais que vão de encontro às suas necessidades e interesses. Estas poderão agora ter lugar no PI cumprindo com um dos seus devires: estimular a imaginação no processo de aprendizagem dos seus “habitantes”. O projeto prevê recrutar professores reformados voluntários que possam contribuir no apoio a crianças com dificuldades de aprendizagem previamente identificadas.
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos)

10. HABITAR A COMIDA, promover o empoderamento alimentar com o Restaurante Cor de Tangerina, um espaço de alimentação consciente que procura práticas sustentáveis para cozinhar. Os alimentos da atividade serão assegurados pela Arcol Cash and Carry (Gondar).

Oficina de nutrição para a comunidade com 2 objetivos: sentido de pertença, identificação e partilha da memória (pessoal e coletiva); sentidos para o empoderamento alimentar: gastronomia saudável e inclusiva na senda das novas necessidades alimentares (num prisma contemporâneo, participado e inclusivo). Na primeira nutres pela partilha e afetos, o que se lembra e constróis laços de memória futura; na segunda crias uma noção de alimentação inclusiva e saudável: comer bem e bom não é de elites - a alimentação é um ato político e social estruturante com colaboração de Médica Pediatra Voluntária.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

11. HABITAR A SAÚDE FAMILIAR,promover hábitos de vida saudáveis,através de ações ao nível da saúde familiar,divulgação e apoio ao cumprimento efetivo e continuado das normas e orientações da DGS,no âmbito da COVID19 e outras doenças de notificação obrigatória

Esta atividade de Educação para a saúde, prevê duas ações em articulação com o Plano Local de Saúde de Guimarães, que serão realizadas no território sinalizado pela equipa de saúde familiar da USF de Pevidém, em particular na prevenção dos problemas identificados na saúde comunitária e na sensibilização para a etiqueta respiratória necessária em tempos de pandemia.
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos), Idosos (65 e mais anos), Famílias

12. HABITAR A SAÚDE MENTAL, pretende trabalhar questões de saúde mental das crianças através da capacitação de diferentes agentes e educadores,intervenientes e/ou residentes no território,que acompanhem,em contexto formal ou informal,crianças em idade escolar

Atividade com o objetivo de facilitar o desenvolvimento e/ou capacitar educadores, agentes educativos locais e técnicos das instituições parceiras para a intervenção adequada e eficaz em contextos educativos formais e informais. A sessão de sensibilização pretende ajudar os educadores a reconhecer eventuais dificuldades emocionais e de comportamento das crianças (identificadas no critério 6), com real impacto na sua vida escolar, mas também na sua vida pessoal; competências transversais como instrumento para a redução da indisciplina, insucesso e absentismo escolar (dinamizado por ProChild).
Destinatários preferenciais
Adultos (25 a 64 anos)

13. ATIVAR A PREVENÇÃO UNIVERSAL envolvendo as crianças e os jovens, para a prevenção do abuso de substâncias, contribuindo para a promoção do desenvolvimento pessoal e de estilos de vida saudáveis.

A imaginação “é a singular capacidade de ex-sistir (ek-sistieren) em vez de in-sistir (in-sistiren). Esse gesto começa, digamos, com um movimento da abstração, de afastamento-de-si, de recuo” (Flusser, 1990). Este é o mote para esta oficina de 6 horas, distribuídas temporalmente em função do calendário escolar, a qual pretende trabalhar o desenvolvimento socioemocional e a prevenção de comportamentos de risco identificados por alguns moradores no pré diagnóstico. Este momento, dinamizado pelo médico psiquiatra Joaquim Borges, voluntário, é destinado a crianças e jovens.
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos)

14. ATIVAR O BEM-ESTAR, através da dinamização de atividades físicas para idosos.

Atividade regular que pretende estimular a motricidade e bem-estar dos idosos com a atividade física através de ginástica adaptada, articulando com o médico de família. A atividade será dinamizada no PI, num espaço criado e ativado para esse efeito no Objetivo específico 3. Esta atividade será potenciada e organizada pela Junta de Freguesia, entidade que sinalizou a necessidade, e dinamizada por uma técnica da Fraterna-Porta 7, especializada em educação de adultos.
Destinatários preferenciais
Idosos (65 e mais anos)

15. HABITAR O TECIDO, uma atividade intergeracional e comunitária dinamizada por uma designer voluntária, com o apoio de tecidos e desperdícios têxteis resultantes da atividade têxtil da empresa Vaz da Costa.

O tecido faz parte do ADN desta comunidade enraizada na indústria têxtil. A atividade tem 2 objetivos: sentido de pertença, identificação e partilha da memória (pessoal e coletiva); sentidos para o empoderamento criativo ao nível individual, espacial e coletivo: o tecido é mais do que o tecido e pode criar bordados nas redes que limitam o bairro; pode criar redes para descansar; espaços com sombra nos espaços públicos do bairro entre blocos. A ideia geral é entender o tecido como património social desta comunidade, manifesto político e social estruturante, principalmente das mulheres.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade

16. ATIVAR A TROCA, criar e potenciar as condições aos vendedores e produtores locais para venda no território, divulgando a sua atividade.

O espaço construído na atividade 5 permitirá acomodar mensalmente um conjunto de vendedores locais, que levarão os seus produtos ao território, e será divulgado regularmente captando população para consumo dos produtos e, ao mesmo tempo, estimulando a abertura do bairro ao seu meio exterior. Estes espaços assumem importância objetiva e simbólica, dinamizando o bairro a partir de modelos de sustentabilidade ambiental e potenciando, em colaboração com a Junta de Freguesia e a Associação de Moradores, as forças do público referido no critério 2a e 2c.
Destinatários preferenciais
Adultos (25 a 64 anos), Toda a comunidade

17. ATIVAR O AMBIENTE, ações de sensibilização ambiental com a colaboração do Laboratório da paisagem.

Duas atividades de sensibilização e educação e limpeza, capazes de promover mudanças de atitudes e comportamentos, para um bairro mais limpo e mais saudável. Estas ações, desenvolvidas nos dois períodos de pausas letivas, envolverão crianças e jovens, numa lógica de educação ambiental, preparando as crianças e jovens para serem os próprios agentes de mudança e transformação dentro das suas famílias.
Destinatários preferenciais
Crianças (0 a 17 anos), Jovens (18 a 24 anos)

18. ATIVAR O CÉU, concretização da estratégia de comunicação nas diferentes fases de implementação do projeto.

Divulgar as várias experiências, investigações e aprendizagens através de publicações e apresentações, e estabelecer novas parcerias tanto ao nível da investigação como ao nível da intervenção. Prevê-se o envolvimento dos moradores, co-construindo dispositivos que visibilizem os resultados e processos. Esta estratégia é central para a promoção de imagens positivas destas comunidades. Exposição do processo e resultados do Projeto instalada no PI. Pretende-se divulgar resultados com a participação de todos e contribuir para a diminuição do estigma social, trazendo ao bairro pessoas exteriores.
Destinatários preferenciais
Toda a comunidade