Em rede

Após o surto pandémico da COVID-19, o fenómeno de exclusão social na população da Liberdade e Serafina agravou-se. Dadas as baixas competências TIC e dificuldade de acesso a internet e a equipamentos informáticos a população ficou impossibilitada de continuar a construir os seus percursos pessoais, escolares, formativos e profissionais. Deste modo, o projeto pretende minimizar os impactos da COVID-19 através da 1) facilitação a rede de internet e a equipamentos informáticos, colocando-se hotspots no bairro e disponibilizando-se equipamentos informáticos; 2)criação de uma plataforma digital que centralize as respostas que existem no bairro; 3)apoio às famílias na resolução de diferentes matérias utilizando as TIC. A candidatura foi desenhada no âmbito do Grupo Comunitário Liberdade e Serafina, onde estão presentes moradores e instituições, e com base em entrevistas e questionários de avaliação de necessidades aplicados a um grande número de moradores do bairro.

Minimizar o impacto que a pandemia de COVID-19 teve nos bairros Liberdade e Serafina privilegiando as TIC como ferramenta para ultrapassar as dificuldades sociais do bairro. O levantamento da RedEmprega do Vale de Alcântara revelou 340 crianças sem acesso a computador e/ou internet. 76% destes são da escola frequentada pela maioria das crianças e jovens da Serafina e Liberdade. Após o surto da pandemia foram identificadas no território as seguintes questões pelos moradores 1)baixo envolvimento escolar; 2)dificuldade das famílias em articularem com serviços; 3)perda de emprego/rendimentos; 4)stress familiar severo. Este projeto pretende privilegiar as TIC como forma de responder a estas questões. Aliando este projeto a outras respostas já existentes será possível criar no bairro metodologias criativas e inovadoras que deem uma resposta integrada. O projeto conta com um gestor e com técnicos informáticos bem como com o envolvimento de instituições e dos moradores para a sua concretização

Facilitar o acesso a rede de internet e a equipamentos informáticos junto da população em risco de exclusão social nos bairros da Liberdade e Serafina Pretende-se democratizar o acesso às TIC, de forma que estas se tornem um factor promotor de integração social. As famílias envolvidas na construção desta candidatura identificaram o acesso às TIC como sendo prioritário, uma fez que tem impacto direto em outras áreas das suas vidas (pessoal, escolar, profissional, etc.). Este factor revelou-se particularmente importante entre os elementos da comunidade migrante que participaram. O levantamento feito pelas escolas, pelo projeto Semear o Futuro E7G e pelo Moov da ADM Estrela no território revela também falta de condições sócio-económicas por parte da maioria das famílias do bairro em ter acesso a internet e a equipamentos informáticos. Pretende-se atingir em primeiro lugar as zonas mais vulneráveis do bairro, identificadas pelas características socioeconómicas dos moradores.

Promover a coesão social, através das tecnologias da informação e da comunicação; A pandemia da COVID-19 promoveu um maior distanciamento entre os membros da comunidade, nomeadamente entre instituições e moradores. Existe, no território, um leque alargado de instituições que dão resposta às diferentes necessidades dos moradores dos bairros em diferentes vertentes. O CLDS @tivar 4G, o projeto Semear o Futuro E7G, a ADM Estrela (promotora do Porta 11 DLBC), o Externato Educação Popular, o Liberdade Atlético Clube, o Agrupamento n.º 53 (Serafina) – CNE (Corpo Nacional de Escutas, têm respostas que pretendem contribuir para o bem-estar da comunidade. Visa-se a criação de novas estratégias informatizadas, que permitam agregar informação e disponibilizar elementos formativos, que funcionam muitas vezes de forma isolada e que passariam a estar integrados através de páginas da internet.

Promover a aquisição de competências TIC junto da população vulnerável nos bairros da Liberdade e Serafina. As necessidades da população relacionadas com a regularização de documentação, acompanhamento de processos de nacionalização, acesso a cuidados de saúde, articulação com escola para acompanhar os percurso escolar dos educandos, têm-se verificado progressivamente mais dificeis de se solucionar por os serviços estarem cada vez mais informatizados e as competências TIC dos moradores serem baixas. Em particular, a comunidade migrante, para além das baixas competências TIC, tem grande dificuldades no domínio da língua portuguesa. Por isso mesmo, pretende-se criar um espaço de referência nos bairros que dê formação TIC a este público, promovendo a utilização do email, a criação de áreas pessoais nos sites dos serviços, utilização das áreas pessoais e navegação em motores de busca.

Associação Viver Campolide

Grupo Comunitário da Liberdade e Serafina
Junta de Freguesia de Campolide
ADM Estrela - Associação Social e Desenvolvimento
GEBALIS - Gestão do Arrendamento da Habitação Municipal de Lisboa, EM,SA
EDUCAÇAO POPULAR
Organização Juvenil dos Países de Língua Portuguesa
Liberdade Atlético Clube