Apresentação das conclusões do projecto de desenvolvimento comunitário ‘Na Quinta da Princesa as Mulheres Contam’
Apresentação das conclusões do projecto de desenvolvimento comunitário ‘Na Quinta da Princesa as Mulheres Contam’
Na Quinta da Princesa As Mulheres Contam

Na Quinta da Princesa

Vozes das mulheres que contam

O projeto faz um trabalho qualificado com as mulheres das diferentes comunidades e faixas etárias, residentes no território, nomeadamente as de origem africana, de etnia cigana, migrantes e outras, tendo como prioritários os eixos da saúde, social e ambiental.

Pertencem a diferentes gerações e origens culturais. Entre abril e maio, deram vida ao Diagnóstico Participativo realizado na Quinta da Princesa, debatendo os problemas, apresentando propostas e mobilizando outras mulheres para a atuação comunitária.


Floresce no bairro o Grupo Colaborativo de Mulheres da Quinta da Princesa! Nasceu com o Projeto Na Quinta da Princesa as Mulheres Contam, pela via do Programa Bairros Saudáveis. O projeto pretende isso mesmo: um trabalho qualificado com as mulheres das diferentes comunidades e faixas etárias, residentes no território, nomeadamente as de origem africana, de etnia cigana, migrantes e outras, tendo como prioritários os eixos da saúde, social e ambiental.

Para envolvê-las num processo de participação comunitária, com vista à mobilização destas em prol da sustentabilidade progressiva do trabalho no bairro, apostámos numa primeira atividade de preparação, com a apresentação do projeto às mulheres da Quinta da Princesa.

Realizada num dos espaços exteriores do bairro, esta atividade concorreu para dar visibilidade à proposta de criar um grupo colaborativo de mulheres, que fosse protagonista das muitas vozes silenciadas, mas conhecedoras dos problemas locais, sendo portadoras de ideias, criatividade e empenho para solucioná-los.

O interesse de participação foi imediato. Em seguida, partimos para a segunda atividade, envolvendo as mulheres alvo na elaboração de um Diagnóstico Participativo, com vista à identificação de problemas e prioridades de intervenção nos campos da saúde, social e ambiental.


Foram momentos diversificados, com sessões que permitiram auscultar – sistematizar as informações – devolver os conteúdos produzidos para debate e validação das participantes – construir o planeamento do trabalho e as formas de participação.


As atividades seguintes estão em curso. As mesmas avançam juntamente com o aprofundamento do Diagnóstico Participativo, enquanto processo de educação comunitária, amparado pela Educação Popular, na perspetiva de Paulo Freire.


No campo da saúde, a terceira atividade trata da construção com as mulheres de um programa sobre a Literacia em Saúde da mulher e questões de género, considerando-se o rastreio, a prevenção e a mudança de comportamentos face ao corpo e à saúde. Simultaneamente, decorre a quarta atividade de sensibilização para a importância dos percursos educativos e/ou formativos, o desenvolvimento da consciência social e valorização pessoal.

Em estímulo à cidadania ativa no território através da articulação das comunidades, com vista à limpeza urbana, cuidados de higiene e embelezamento do bairro. Em sintonia com as anteriores, a quinta atividade trata do estímulo à cidadania ativa no território através da articulação das comunidades, com vista à limpeza urbana, cuidados de higiene e embelezamento do bairro.
Sobre estas atividades daremos conta dos respetivos desenvolvimentos no próximo artigo. Entretanto, é fundamental enfatizar que o Diagnóstico Participativo, num curto período, impulsionou a mobilização das mulheres, para a atuação nos campos da saúde, social e ambiental, através das atividades 3, 4 e 5 que estão a decorrer.


Outras atividades sublinham momentos específicos de reforço deste projeto comunitário. Com a sexta atividade, procuramos a sensibilização das/os residentes da QP, através de iniciativas de celebração de datas promotoras da cidadania, dos direitos cívicos, sociais e políticos das mulheres e de combate às violências.


No dia 27 de novembro de 2021, realizámos uma sessão evocativa do dia 25 de novembro, Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra as Mulheres, no auditório da Junta de Freguesia de Amora, parceira neste projeto. Por sua vez, o Dia Internacional da Mulher - 8 de março foi comemorado nas ruas de Lisboa, com a participação das mulheres do bairro e dirigentes da AMUCIP na Manifestação Nacional das Mulheres, promovida pelo MDM.


A ´setima atividade contempla a comunicação do projeto com a comunidade da Quinta da Princesa e divulgação do mesmo fora do bairro, através da produção de materiais e da utilização de diversos suportes comunicacionais.
Para marcar a finalização desta fase, a oitava atividade garante a devolução às comunidades do bairro, parceiros e outras instituições convidadas dos resultados do projeto.


O Projeto Na Quinta da Princesa as Mulheres Contam tem como entidades promotoras o MDM – Movimento Democrático de Mulheres e a AMUCIP – Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas Portuguesas.


O trabalho desenvolvido há vários anos neste bairro, pela Câmara Municipal do Seixal, a Junta de Freguesia de Amora, o ACES Almada Seixal e o CAPA - Centro de Assistência Paroquial de Amora, foi fundamental para associarmos a nossa contribuição a estas entidades parceiras do projeto, entendendo que a intercooperação e a valorização das complementaridades – o que cada entidade aporta para construir e enriquecer o território e a(s) comunidade(s) - são pressupostos a reforçar.