com Lusa

Programa Bairros Saudáveis chega a 596 freguesias do país

As candidaturas ao Programa Bairros Saudáveis provêm de territórios localizados em 596 freguesias, o que representa 21% de todas as freguesias do continente, explicou Helena Roseta ontem, em conferência de imprensa promovida pela equipa de coordenação nacional do Programa. O programa, que surgiu no contexto da pandemia da covid-19, deu conta que o concurso registou 774 candidaturas de projetos, contabilizando 30,4 milhões de euros, o triplo da dotação disponível (10 milhões). O mapa em cima assinala as freguesias onde foram apresentadas candidaturas, bem como os limites das cinco áreas regionais do Programa.

Segundo os dados apresentados, foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que surgiram mais candidaturas (285), tendo sido a freguesia lisboeta de Marvila a registar mais pedidos (23). Ainda nesta região destaque também para as 11 candidaturas solicitadas na União de Freguesias de Caparica e Trafaria, no concelho de Almada, e as 10 em Algueirão-Mem Martins, Sintra.

A região Norte foi a segunda a receber mais candidaturas a este programa (217), destacando-se o município de Matosinhos, em que se registam projetos nas freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora (13), Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo (12) e Matosinhos e Leça da Palmeira (11).

Na região centro, que registou 152 candidaturas, o maior número de pedidos verificou-se na União de Freguesias da Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu (10), no concelho de Coimbra.

Na região do Alentejo, que recebeu um total de 63 candidaturas, destacam-se os projetos submetidos na União de Freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras (11), no concelho de Évora.

No Algarve, que contabilizou 57 pedidos, a maioria das candidaturas foram feitas na União das Freguesias de Sé e São Pedro (13), no concelho de Faro, e em Portimão (10).

“Nós sabemos que a participação nesta altura com as pessoas todas confinadas não é fácil, mas este programa superou as nossas expectativas, tem sido muito participado. Vamos ver o que acontece”, sublinhou Helena Roseta.

Por seu turno, a médica de Saúde Pública, Isabel Loureiro, que também integra a equipa, sublinhou que a pandemia da covid-19 “acontece com maior incidência em zonas geográficas mais vulneráveis, onde também existe doenças como a tuberculose e obesidade, e onde existem habitações mais degradadas e desemprego”.

“A Saúde no nosso entendimento não é só a ausência de doença, mas também o bem estar, a capacidade de resiliência, a coesão territorial e a qualidade de vida”, sublinhou.

Em resultado do número de candidaturas apresentadas, o prazo de 30 dias para o júri avaliar as propostas, que tinha sido definido numa base de 200 a 300 candidaturas, vai ter de ser prorrogado.

Segundo a coordenadora, o prazo de execução de até final de 2021, se for preciso, também deve ser alargado, para garantir que o tempo de concretização dos projetos “não seja inferior aos 11 meses que estavam previstos”.